09/02/2010

Quantas vezes não sentimos o mesmo numa relação amorosa? Quantas vezes não nos repetimos, na esperança de que o outro oiça e entenda o que lhe queremos dizer? Quantas vezes não pedimos coisas, para nós tão importantes, à espera que se tornem também importantes para o outro? E o que fazer quando o outro não ouve, ou ouve mas não entende, ou entende mas no fundo não respeita, porque não muda a sua actuação em função dos nossos desejos?
Eu sou parecida com a minha tartaruga; enquanto acreditar que o meu caminho é por ali, vou continuar a seguir em frente, em direcção ao meu Poente. Prefiro manter-me no meu aquário, ainda que o mundo lá fora se agite, pule ou avance. Prefiro saborear o meu território conquistado, aproveitar tudo o que há de bom no meu habitat natural e dar tempo ao tempo, ser paciente e não saltar da minha redoma, até porque o mundo cá fora não é exactamente como parece.
mrp